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Por que o sexo antes do casamento é ruim?

POR QUE O SEXO ANTES DO CASAMENTO É RUIM? MINHA AMIGA ACABOU DE COMEÇAR O ENSINO MÉDIO E ELA ESTÁ TENTANDO ME DIZER QUE É BOM E ELA VAI FAZER.

Talvez seja bom você saber que sua amiga não está em busca de sexo. Talvez sua amiga tenha alguma mágoa ou solidão em sua vida, e ela acha que se ela fizer sexo, ela vai se sentir amada e segura, e que assim ela vai ser feliz. Ou talvez ela seja apenas curiosa e muito imatura para perceber as consequências do sexo. De qualquer maneira, se você olhar no coração dela, você vai ver que ela não está ansiando por uma série de relações físicas com caras aleatórios. Ela está à procura de amor duradouro e de intimidade, de ser aceita por um homem e cuidada por ele.

Sua amiga merece essas coisas, mas ela precisa ser cuidadosa e corajosa, para que ela não caia na tentação. Há uma abundância de rapazes por aí que vão dizer a ela o quão belos os olhos dela são, e quanto a amam, e que vão estar “sempre” dispostos a ajudar quando ela precisar. Eles vão dar o seu “amor” por uma questão de conseguir sexo, e ela pode querer dar-lhes o sexo por causa do desejo de se sentir amada. O coração dela foi feito para algo melhor do que isso, e por isso ela precisa perceber que vale a pena esperar. Ela não pode encontrar a felicidade de outra froma. Como a Bíblia diz: “Mas aquela que só busca prazer, mesmo se vive, já está morta.” (1 Timóteo 5,6).

A seguir estão alguns dos efeitos negativos de sexo antes do casamento, mas não se debruçe sobre eles por mais tempo do que o necessário para dar a ela um choque de realidade. O que ela precisa mais do que as más notícias sobre sexo antes do casamento é a boa notícia sobre o quanto ela tem valor e quais são os planos que Deus tem reservado para ela. Ela precisa ser incentivada a esperar não porque o sexo é ruim, mas porque o amor verdadeiro é tão bom.

As consequências negativas do sexo antes do casamento podem ser descritas a partir dos pontos de vista: dos relacionamentos, físico, emocional e espiritual.

RELACIONAMENTOS:
Considere como o sexo pré-marital pode afetar os relacionamentos. Uma colegial escreveu: “Eu tenho dezesseis anos e já perdi minha virgindade. Eu realmente lamento que minha primeira vez foi com um cara que eu não me importava muito. Desde aquela primeira noite ele espera que haja sexo em cada encontro. Quando eu não estou com vontade, nós acabamos em uma discussão. Eu não acho que esse cara é apaixonado por mim, e eu sei que no fundo eu não sou apaixonada por ele também. Isto me faz sentir desvalorizada. Percebo agora que este é um passo muito grande na vida de uma menina. Depois de ter feito isso, as coisas nunca são as mesmas. Isso muda tudo “.[1]

Outra jovem disse: “Eu dormi com muitas pessoas tentando encontrar o amor, para encontrar a auto-estima. E com quanto mais pessoas eu dormia, menor auto-estima eu tinha. “[2] Algumas pessoas podem argumentar: “Bem, e se eu realmente me preocupar com ele ou ela? Eu acho que o sexo vai nos aproximar.” Na verdade, o sexo cria um vínculo. No entanto, em 80 por cento das vezes, a intimidade física da primeira relação sexual de um adolescente não vai durar mais do que seis meses. [3] Casais que querem o que é melhor para o seu relacionamento ou casamento futuro terão a paciência de esperar.

Na maioria das vezes, quando uma menina cede sua virgindade, ela assume que o relacionamento vai durar para sempre. No entanto, um estudo [A] mostra que, quanto mais cedo a pessoa tem uma atividade sexual, maior será o número de parceiros sexuais que ela provavelmente terá durante a vida.  Se ela for como a maioria dos calouros, ela tem, provavelmente, 14 anos. Este estudo de mais de 10.000 mulheres mostra que, quando uma menina perde a virgindade com essa idade, ela provavelmente vai ter cerca de treze outros parceiros sexuais ao longo da vida.

Além de no relacionamento, o sexo antes do casamento freqüentemente provoca tensão no seio das famílias por causa da desonestidade que normalmente acompanha as intimidades ocultas. Relacionamentos com os amigos são muitas vezes tensos, e quando as coisas azedam, as fofocas e problemas sociais muitas vezes se tornam insuportáveis. Todo mundo fala sobre como é difícil dizer não ao sexo, mas ninguém lhe diz o quão difícil é quando você diz sim.

FÍSICO:
Em relação ao lado fisiológico das coisas, é perigoso para uma jovem mulher solteira ser sexualmente ativa. Porque o sistema reprodutivo de uma adolescente ainda é imaturo, ela é muito suscetível a doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).[4] De fato, a atividade sexual precoce é o fator de risco número um para o câncer de colo do útero, e o segundo são os múltiplos parceiros sexuais.[5] O corpo de uma menina, como o seu coração, não é projetado para lidar com múltiplos parceiros sexuais.

Embora a sua amiga possa planejar dormir com apenas um cara, ela pode estar expondo-se a doenças sexualmente transmissíveis de centenas de pessoas através de um único ato sexual. Veja como: cientistas estudaram a atividade sexual de uma escola pública de cerca de mil estudantes.[6] Cerca de metade (573) dos alunos tinha sido sexualmente ativo,e a maioria deles tinha tido apenas um parceiro. No entanto, quando os cientistas seguiram a teia da atividade sexual entre os alunos, descobriu-se que mais da metade dos adolescentes sexualmente ativos, sem sabê-lo, estavam ligados em uma rede de 288 parceiros dentro daescola!  [B] Assim, se sua amiga dormiu com um cara a partir desta escola, teoricamente ela poderia estar na cama com um quarto de todo o corpo de estudantes.

EMOCIONAL:
Os efeitos colaterais emocionais do sexo antes do casamento também são prejudiciais para uma jovem mulher. Uma das conseqüências mais comuns da atividade sexual na adolescência é a depressão. As meninas que são sexualmente ativas são mais do que três vezes mais prováveis de ficarem com depressão do que as meninas que estão abstinentes.[7] Na verdade, a condição se tornou tão previsível que o American Journal of Preventive Medicine recomenda aos médicos: “As meninas que estão se engajando em relações sexuais devem ser rastreadas para ver se ficam deprimidas, e devem munidas de orientação preventiva sobre os riscos de saúde mental por causa desses comportamentos”.[8] Mesmo que uma menina tenha experiências com sexo uma vez, a pesquisa mostra um aumento do risco de depressão.[9] Além disso, deve-se considerar o fato de que a taxa de tentativas de suicídio para as meninas sexualmente ativas (com idades entre doze a dezesseis) é seis vezes maior do que a taxa entre as virgens.[10] Tragicamente, essas meninas não percebem a pureza, esperança e perdão que elas podem encontrar em Cristo.

Infelizmente, muitas mulheres jovens buscam um sentido somente nas relações com homens, em vez de com Deus. Não é incomum para uma menina ter relações sexuais, a fim de fazer um cara gostar mais dela, ou encorajá-lo a ficar com ela. Ela pode comprometer seus padrões, porque ela tem medo de não ser amada. Depois que ele a deixa, porém, ocorre um divórcio emocional.O coração de uma pessoa não é feito para estar tão perto de uma outra pessoa e depois se separarem.

Uma vez que as relações sexuais na adolescência raramente duram, o senso de auto-estimada da menina freqüentemente fica prejudicado. Ela pode concluir que, se ela fosse melhor, ele teria ficado mais tempo. Essa mentalidade pode levar a práticas nocivas, tais como transtornos alimentares. Ou a decepção que sente pode levá-la a um estado de ódio de si mesma. Algumas mulheres jovens ainda começam a machucar seus próprios corpos numa tentativa de anestesiar a dor emocional. Tais práticas não irão resolver os problemas, no entanto. Se ela deseja ser amada, ela precisa começar por amar a si mesma.

Em seu coração, uma menina sabe quando está sendo usada. No entanto, ela pode saltar imediatamente para outro relacionamento sexual para fugir da dor. Se ela tenta aumentar a sua auto-estima, dando aos caras o que eles querem, então ela acabará com sua própria auto-estima, dependendo do tipo de relacionamento. Seu desenvolvimento como uma mulher é atrofiado porque sem castidade ela não sabe como expressar afeto, apreciação, ou atração por um cara sem implicar algo sexual. Ela pode até concluir que um cara não a ama, quando esse não cara não faz avanços sexuais em direção a ela. Ela sabe que existe sexo sem intimidade, mas ela pode esquecer que a intimidade pode existir sem sexo. Uma menina nessa faixa geralmente se sente aceita inicialmente, mas essa aceitação dura apenas enquanto durar o prazer físico.

Esse estilo de vida também vai pesar sobre sua capacidade de se relacionar. Aqui está o porquê: Compartilhar a dádiva do sexo é como colocar um pedaço de fita no braço de outra pessoa. A primeira ligação é forte, e dói para removê-lo. Mude a fita para o braço de outra pessoa, e o vínculo ainda vai continuar, mas vai ser mais fácil de remover. Cada vez que isso é feito, parte de cada pessoa permanecerá com a fita. Em breve, a fita ficará fácil de remover, porque resíduos de vários braços interferem com a capacidade da fita de colar.

O mesmo é verdade nos relacionamentos, porque os neurologistas descobriram que as experiências sexuais anteriores podem interferir com a sua capacidade de se relacionar com os futuros parceiros. [11] Isso não significa que se uma pessoa não é virgem na noite de núpcias, ele ou ela não será capaz de se relacionar com um cônjuge. Significa simplesmente que quando seguimos o plano de Deus, temos a vida mais abundante possível. Mas quando nos afastamos de seus projetos e quebramos seus mandamentos, muitas vezes nós somos os únicos que se sentem quebrados depois.

ESPIRITUAL:
O pecado nos separa de Deus, e essa é a conseqüência mais grave de sexo pré-marital. Depois de ir além do permitido, muitos de nós sabemos muito bem a nuvem de culpa que pesa sobre nossos corações. A solução não é matar a nossa consciência, mas segui-la para alcançar a liberdade. Ele está nos chamando, e não nos condenando. Desde que haja arrependimeto, Deus estará lá para nos receber em Sua casa e nos deixar começar de novo (cf. João 8 e Lucas 15).

O que tudo isso significa é que nossos corpos, nossos corações, nossos relacionamentos, e nossas almas não foram feitos para o sexo antes do casamento. Nós fomos feitos para um amor que dura a vida toda.

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j-evertJason Evert founded chastity.com has spoken on six continents to more than one million people about the virtue of chastity. He is the author of more than ten books, including How to Find Your Soulmate without Losing Your Soul and Theology of the Body for Teens.

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[1]. Thomas Lickona, “Sex, Love, and Character: It’s Our Decision” (address given to assembly of students at Seton Catholic High School, Binghamton, N.Y., January 8, 1999), 10.
[2]. All About Cohabiting Before Marriage, “Myths About Cohabitation,” http://www.leaderu.com/critical/cohabitation-myths.html.
[3]. Suzanne Ryan, et al., “The First Time: Characteristics of Teens’ First Sexual Relationships,” Research Brief (Washington, D.C.: Child Trends, August 2003), 5.
[4]. A. B. Moscicki, et al., “Differences in Biologic Maturation, Sexual Behavior, and Sexually Transmitted Disease Between Adolescents with and without Cervical Intraepithelial Neoplasia,” Journal of Pediatrics 115:3 (September 1989), 487–493; M. L. Shew, et al., “Interval Between Menarche and First Sexual Intercourse, Related to Risk of Human Papillomavirus Infection,” Journal of Pediatrics 125:4 (October 1994), 661–666.
[5]. R.A. Hatcher, et al., Contraceptive Technology (1994), 515. [6]. Peter Bearman, et al., “Chains of Affection,” American Journal of Sociology 110:1 (July 2004), 44–91.
[7]. Robert E. Rector, et al., “Sexually Active Teenagers are More Likely to be Depressed and to Attempt Suicide,” The Heritage Foundation (June 3, 2003) .
[8]. Hallfors, et al., “Which Comes First in Adolescence—Sex and Drugs or Depression?” American Journal of Preventive Medicine 29:3 (October 2005), 169.
[9]. Hallfors, et al., 168; Hallfors, et al., “Adolescent Depression and Suicide Risk: Association with Sex and Drug Behavior,” American Journal of Preventive Medicine 27:3 (October 2004), 224–231; Martha W. Waller, et al., “Gender Differences in Associations Between Depressive Symptoms and Patterns of Substance Use and Risky Sexual Behavior among a Nationally Representative Sample of U.S. Adolescents,” Archives of Women’s Mental Health 9:3 (May 2006), 139–150.
[10]. As reported by D. P. Orr, M. Beiter, G. Ingersoll, “Premature Sexual Activity as an Indicator of Psychological Risk,” Pediatrics 87 (February 1991), 141–147.
[11]. Joe McIlhaney and Freda McKissic Bush, Hooked (Chicago: Northfield Publishing, 2008).

[A] – https://chastity.com/wp-content/uploads/2013/05/Bookofcharts.pdf (gráfico da página 4)

[B] – https://chastity.com/wp-content/uploads/2013/05/MAP.jpg